Livros e Autor

Rick Riordan

" Rick Riordan nasceu em 1964, em San Antonio, Texas, Estados Unidos, onde mora com a mulher e dois filhos. Durante quinze anos ensinou inglês e história em escolas públicas e particulares de São Francisco. Além da série Percy Jackson e os Olimpianos, publicou a premiada série de mistério para adultos Tres Nevarre. "

Em uma entrevista para a revista época, Junho 2009:

"O escritor americano Rick Riordan diz que não gostava de ler quando era criança. Hoje se esforça para escrever livros que os jovens leitores não consigam mais largar. Com a série infantojuvenil Percy Jackson e os Olimpianos, lançada no Brasil pela editora Intrínseca, Riordan se tornou best-seller mundial. O mais curioso é que o autor usa como pano de fundo para os cinco livros da saga o que há de mais tradicional da literatura: a mitologia grega. Percy é um garoto contemporâneo de 12 anos que vai mal na escola, tem poucos amigos e é diagnosticado com déficit de atenção. No primeiro livro, O ladrão de raios, ele descobre que é um semideus, filho de Poseidon, o deus dos mares, com uma mortal. E vive um monte de aventuras malucas para se proteger de monstros e de deuses enfurecidos. Tanto o primeiro quanto o segundo livro, O mar de monstros, lançado no Brasil em abril, costumam figurar na lista dos infantojuvenis mais vendidos do país. Segundo Rick Riordan, que também escreve romances para adultos, a série de Percy Jackson é um chamariz para a leitura de literatura clássica. “Tenho a chance de transformar as crianças em leitores para a vida toda”, diz Riordan em entrevista a ÉPOCA:

ÉPOCA – O senhor era professor. A experiência em sala de aula o ajudou de alguma maneira a escrever a saga de Percy Jackson?

Rick Riordan – Com certeza. Quando escrevi O ladrão de raios, imaginei-me lendo-o em voz alta para meus alunos. Eu queria criar um romance que retivesse a atenção da classe inteira, não apenas dos alunos que já amassem ler. Eu fui um leitor relutante quando criança. Como professor e escritor, faço um esforço consciente para atingir aquelas crianças que, como eu, talvez não sejam grandes leitoras. Tento usar o que sei sobre os interesses das crianças – o que elas acham engraçado, interessante – para fazer o romance andar. Ensinar em escola foi um ótimo treinamento para me tornar um autor de livros infantis.
ÉPOCA – Por que criar um herói com dislexia e déficit de atenção?

Riordan –
Quando meu filho mais velho tinha nove anos, foi diagnosticado com esses problemas. Ler era muito difícil para ele. A única matéria de que ele gostava na escola era mitologia grega. Comecei a contar-lhes histórias em casa, e foi daí que Percy Jackson nasceu. Fiz Percy disléxico e com déficit de atenção para meu filho se identificar com ele. Essas diferenças de aprendizado seriam uma indicação de que você pode ser um semideus. Meu filho não teve problemas para acreditar nisso!

ÉPOCA – Como teve a idéia de misturar mitologia grega com a vida dos adolescentes contemporâneos?

Riordan –
Quando você lida com história ou literatura, o truque é sempre torná-las relevantes para um público moderno. Um jovem leitor sempre vai pensar: “por que eu deveria me importar com histórias que aconteceram há milhares de anos?” O problema se resolve quando a história acontece hoje. A premissa da série também é que a mitologia greco-romana influenciou profundamente a sociedade moderna. Os mitos ainda estão por todo lugar – na literatura, na TV, nos filmes, na arte, na arquitetura. Uma vez que você conhece mitologia, você a reconhece aonde quer que vá.

ÉPOCA
– Percy não é muito ligado em tecnologia, que é tão presente na vida dos adolescentes. Por quê?

Riordan – Hoje é tão fácil ficar conectado. Mas eu precisava de Percy sozinho, então decidi que os semideuses não podem usar celulares. A tecnologia é como um sinalizador que alerta todos os monstros sobre a presença de um herói. Se um herói pode simplesmente mandar um SMS para seus amigos quando precisa de ajuda, isso tira todo o drama da história! Além disso, posso fazer os jovens leitores pensar: “Nossa, o que eu faria sem meu celular?”

ÉPOCA
– Percy, que é também o narrador, é um menino sarcástico e irônico. Por que o quis assim?

Riordan –
Talvez isso venha de mim. Possivelmente esse é o estado natural de um garoto de escola, entre 11 e 14 anos de idade. Essa é a faixa etária que eu conheço melhor, e se você não desenvolve um bom senso de humor e algumas tiradas, você nunca enfrenta bem esse período.

ÉPOCA – O senhor já sabia muito de mitologia. Mas teve de estudar outros assuntos para escrever os livros sobre Percy Jackson?

Riordan – Faço muita pesquisa, mas boa parte não é intencional. Por exemplo, cada cenário da série é um lugar em que eu e minha família já estivemos. Sempre conto as histórias aos meus filhos antes, e quis usar os lugares com os quais eles têm uma ligação pessoal – Nova York, Los Angeles, Denver, Las Vegas, Saint Louis. Para O mar de monstros (livro dois) Percy faz um cruzeiro pelo Caribe. Isso é algo que eu nunca havia feito, então minha família teve de viajar num cruzeiro para “pesquisa”. Ser escritor é dureza!

ÉPOCA – O senhor acha que a série Percy Jackson pode aumentar o interesse das crianças pela literatura clássica? Já ouviu falar de algum fã seu que decidiu lerOdisseia, de Homero, ou Eneida, de Virgílio?

Riordan –
Escuto isso o tempo todo de professores e de bibliotecários. Professores usam o Percy Jackson com frequência como aquecimento para seus módulos sobre Homero ou sobre mitologia grega. Bibliotecários contam que suas seções de mitologia juntavam poeira até que Percy Jackson apareceu, e agora não conseguem manter os livros nas prateleiras. Acho isso maravilhoso.

ÉPOCA – Quais as diferenças entre escrever para crianças e para adultos, na sua opinião?

Riordan – Escrever para crianças é mais complicado, pois é um público mais difícil. Elas não vão ficar com você se sair dos trilhos. Você tem que manter a história em movimento e dar-lhes uma razão para se importar com ela. No entanto, escrever para crianças é muito mais divertido, porque elas ficam bastante entusiasmadas com os livros de que gostam. Também é algo gratificante, pois tenho a chance de transformar as crianças em leitores para a vida toda.

ÉPOCA
– O senhor está envolvido na produção do filme O ladrão de raios? O que espera dele? E como é ver algo que escreveu adaptado para o cinema?

Riordan – Não, não estou envolvido. Provavelmente é melhor assim, porque não tenho a menor ideia sobre como se faz um filme e tenho certeza de que bagunçaria tudo. É algo ao mesmo tempo empolgante e que me deixa ansioso. John Le Carré uma vez disse que ver alguém transformar um livro seu num filme é como assistir a alguém transformar seus bois num caldo de carne. É verdade. Na minha opinião, o livro é sempre melhor que a versão para o cinema. Mas é claro, todo mundo está tão empolgado com o filme. Eu apenas espero que façam direito.


A Saga:

O Ladrão de Raios
status: lançado

Percy Jackson é um garoto-problema de 12 anos que nunca conheceu o pai e vive com a mãe e o padrasto chato em Nova York. Tachado de disléxico e hiperativo, nos últimos seis anos foi expulso de seis escolas. Apesar de estar acostumado a esquisitices em sua vida, quando, na última escola, a professora de matemática se transforma em um monstro mitológico e tenta matá-lo, Percy começa a desconfiar de que não é um menino normal…
Criado por um professor do segundo ciclo do ensino fundamental, Rick Riordan, a saga fantástica de um garoto que descobre ser filho de Poseidon, o Deus do mar, foi eleito “Livro Notável de 2005 do The New York Times” e “Melhor Livro do Ano da School Library Journal” e figurou entre os primeiros lugares da lista de mais vendidos do New York Times.
Em O Ladrão de Raios, com a ajuda de novos amigos um sátiro e a filha de Atena, Percy tem dez dias para reaver o raio-mestre de Zeus, o instrumento que representa a destruição original, e restabelecer a paz no Olimpo. Para isso, precisará encarar o pai que o abandonou, resolver um enigma proposto pelo Oráculo e desvendar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.

O Mar de Monstros:
status: lançado

Segundo volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O Mar de Monstros narra as novas aventuras de Percy e seus amigos na busca do Velocino de ouro, o único artefato mágico capaz de proteger o Acampamento Meio-Sangue da destruição.
É com essa missão que ele e outros campistas partem para uma eletrizante viagem pelo Mar de Monstros, onde deparam com seres fantásticos, perigos e situações inusitadas, que põem à prova seu heroísmo e sua herança. Está em jogo a existência de seu refúgio predileto e, até então, o lugar mais seguro do mundo para eles.
Antes de tudo, porém, nosso herói precisará confrontar um mistério atordoante sobre sua família - algo que o fará questionar se ser filho de Poseidon é uma honra ou uma terrível maldição.


A Maldição do Titã
status: lançado
Quando Percy Jackson recebe uma ligação urgente e aflita de seu amigo Grover, ele imediatamente se prepara para a batalha. Ele sabe que vai precisar de todos os seus poderosos aliados semideuses ao seu lado, sua confiável espada de bronze Contracorrente, e… uma carona de sua mãe.
Os semideuses correm para o resgate para descobrir que Grover fez uma importante descoberta: dois poderosos meio-sangues cujo parentesco é desconhecido. Mas não é só isso que os espera. O lorde titã Cronos criou sua mais traiçoeira estratégia até agora, e os jovens heróis caíram como presas.
Eles não são os únicos em perigo. Um antigo monstro ressurgiu – um que os rumores falam ser tão poderoso que poderia destruir o Olimpo – e Artemis, a única deusa que parece saber como rastreá-lo, está desaparecida. Agora Percy e seus amigos,juntamente com os Caçadores de Artemis, tem apenas uma semana para achar a deusa sequestrada e desvendar o mistério sobre o monstro que ela estava caçando
Pelo caminho eles devem encarar o seu mais perigoso desafio: a congelante profecia da maldição do titã.



A Batalha do Labirinto
status: Lançado
Depois de ser atacado por líderes de torcida demoníacas da sua nova escola, Goode, Percy retorna para o Acampamento Meio-Sangue e aprende sobre "O Labirinto", parte do palácio do Rei Minos em Crete que, de acordo com a Mitologia Grega, foi projetado por Dédalo. Durante o jogo de Capture a Bandeira, Annabeth e Percy achando a entrada para o Labirinto. Percy logo descobre que Luke quer usar a entrada para liderar seu exército através do Labirinto direto no coração do acampamento. Para entrar no Labirinto, Percy, tem que encontrar o símbolo Delta (?) em uma passagem, tocá-la, e depois entrar no Labirinto. Usando o Labirinto, Percy tem que tentar encontrar Dédalo para Luke não conseguir o fio de Ariadne, e assim frustrar a invasão de Luke. Ele consegue a ajuda que precisa de uma garota mortal chamada Rachel Elizabeth Dare, que se revela acertando Cronos no olho com uma escova de plástico azul. Cronos descobre que Nico di Angelo é um filho de Hades e poderia ser a criança da profecia. Luke chega a Dédalo e consegue o fio de Ariadne. Usando este instrumento mágico, ele lidera seu exército e ataca o acampamento. Grover vem ao salvamento e provoca um pânico para afastar o inimigo. Depois da batalha, Dédalo sacrifica-se para fechar o Labirinto, que é ligado à sua vida.



O último olimpiano
status: não lançado (contém spoilers)
Percy Jackson e seus amigos lutam em uma guerra assemelhando-se a guerra inicial entre os deuses gregos e os Titãs e em uma batalha final com o poderoso Titã, Lorde Cronos. Eles finalmente derrotam Cronos e o Olimpo é salvo.
A Grande Profecia não se aplica para Percy, mas sim para Luke. Rachel conta isso para Percy dizendo para ele que isso vai influenciar sua escolhe quando ele fizer 16 anos. Luke, possuído por Cronos, eventualmente fica chocado de volta para seu estado normal quando Annabeth lembra ele da promessa que ele fez à ela muito tempo atrás. A 'lâmina amaldiçoada' da profecia era a faca que Luke deu para Annabeth e prometeu para ela que eles são uma família. Luke dá a si mesmo e os Olimpianos recuperam seu poder. Zeus eletrocuta Luke, e Luke morre.
Os deuses privilegiam Percy, Grover, Annabeth e Tyson com um desejo. Tyson torna-se General do exército de Ciclopes, e a arma que eles concedem a pedido dele é um "pau" (A.K.A CLUB). Grover recebe um lugar no Conselho de Anciãos e se torna o novo Lorde Selvagem. Annabeth começa a reconstruir a Olympus. Vendo todos os danos causados, Percy faz a promessa dos deuses no rio Styx que eles vão reconhecer todas as crianças de todos os deuses pela idade de 13 anos. Ele também pede para construírem chalés para os deuses menores, como Hécate e Morfeus. Ele larga a imortalidade por este desejo.
Rachel Elizabeth Dare se torna o novo oráculo. Percy e Annabeth se tornam um casal e depois do seu primeiro beijo, Clarrise e todos os seus outros amigos sobreviventes os enterram no lago, onde eles compartilham um beijo de baixo d'água. A estória é concluída onde Annabeth e Percy correm montanha a baixo no Acampamento Meio-Sangue e pela primeira vez, Percy não olha pra trás.