Inicialmente, gostaria de relembrar que este é apenas um resumo, assim como todas as outras postagens de materiais de pesquisa para o Camp Day 2014.
A Teogonia (também conhecida por Genealogia dos Deuses) é um poema mitológico escrito por Hesíodo que descreve a geração dos deuses e, por fim, o envolvimento deles com os humanos, gerando os heróis. O poema foi escrito em 1022 versos. A Teogonia pode ser dividida em três partes que serão estudadas por nós nessa postagem.
1. A Cosmogonia
Hesíodo apresenta, no início de tudo, Caos (o Vazio Primitivo, de onde tudo surgiu), Gaia (a Terra), Tártaro (o Abismo), Eros (o Amor).
Do Caos, surgiram Érebo (a Escuridão) e Nix (a Noite). De Nix, surgiram Éter (o Ar Superior, o Céu Acima dos Céus) e Hemera (o Dia).
Da união de Gaia e Tártaro, surgiu Urano (o Céu), Montes (as Montanhas) e Pontes (o Mar). Em seguida, Urano uniu-se a sua mãe, Gaia, e, juntos, geraram os Titãs: Oceano (o Rio, que circundava o mundo), Céos (o titã da inteligência), Crio (titã do frio e do inverno), Hipérion (o fogo astral), Jápeto (o perfurador), Cronos (o rei dos titãs), Febe (titânide da Lua), Mnemosine (a Memória), Reia (rainha dos titãs), Têmis (a Lei), Tétis (o titã do mar) e Teia (a titânide da luz e da visão).
2. A Teogonia
A Teogonia propriamente dita começa no momento em que Cronos castra seu pai e assume o poder. Do esperma de Urano que caiu no oceano, surgiu uma espuma que materializa-se na forma de Afrodite. Cronos se casou com Reia e deu origem à segunda geração divina: Héstia (deusa dos laços familiares), Deméter (deusa da agricultura), Hera (deusa do casamento, rainha dos deuses), Hades (deus dos mortos), Poseidon (deus dos mares) e Zeus (deus dos céus, rei dos deuses).
Na mitologia grega, Cronos não era visto como um titã relacionado ao Tempo (diferente de Chronos, personificação do tempo - são duas entidades diferentes, não devem ser confundidas), porém, com as assimilações feitas com o deus romano Saturno, acabou sendo assimilado com o mesmo. A comparação que se faz, frequentemente, à troca de Urano por Cronos, é de que, ao trocar os céus (assimilados à ordem e a paz) pelo tempo (o passageiro, o efêmero), os seres surgiam e desapareciam, jamais permaneciam.
Isso porque, ao gerar, Cronos engolia os seus filhos. Mas por um acaso, Zeus, o caçula, foi escondido e Cronos engoliu uma pedra acreditando ser seu filho. Zeus cresceu e destronou também a seu pai, Cronos, e o fez regurgitar seus irmãos que o elegeram o novo deus-rei. Zeus assumiu o poder depois de longas batalhas, originando uma nova fase.
3. Heroogonia
Ao se estabelecer como líder dos deuses, temos o retorno simbólico dos céus como o centro de poder. Iniciaram-se as peripécias de Zeus, formando através de sua união sexual constante com deusas e mortais, a nova geração de semideuses e heróis, como o seu filho Héracles (ou Hércules para os latinos). Por terem destronado seus antecessores, os deuses foram criando dificuldades aos seus sucessores a fim de que novos destronamentos não ocorressem (como os Doze Trabalhos de Héracles).
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